sábado, 27 de março de 2010

SACO VIAJANTE

DRACO
O DRAGÃO DAS ESTRELAS

No alto das nuvens, sobre uma terra de gelo e neve, DRACO o Dragão das Estrelas, rapidamente adormeceu ao sabor do último sol da tarde. O vento roçava com delicadeza a penugem do alto da sua cabeça e vestia de suave brilho as pequenas pedras à sua volta.
De repente, o vento começou a soprar com mais força, empurrando as nuvens para lá e para cá. DRACO acordou sobressaltado. Agarrou-se com toda a sua força, mas uma rajada repentina soltou-o da nuvem.
Foi lançado pelo ar, logo seguido das suas pedras.
Com a cabeça a pique, as pequenas asas inutilmente esvoaçando enquanto ele tombava.
Até que CATRATUS!
- Aterrou com um brando baque no meio de um grande monte de neve.
Com cuidado, DRACO poisou a cabeça sobre a neve. Tudo estava calmo e quieto. Onde estavam as suas reluzentes pedras? Como voltaria para casa?
Uma lágrima brotou no pequeno olho do dragão e escorregou pela escamosa bochecha.
Foi então que ouviu uma voz.
- Olá. Estás bem?
DRACO espreitou para baixo e viu um rapaz a olhar para ele.
- Sou o GIL, disse o rapaz enquanto subia o monte de neve e colocava o seu braço em volta do jovem dragão.
- Precisas de ajuda?
DRACO contou ao GIL a história de como tinha caído da sua casa nas nuvens e perdido as suas pedras.
GIL pulou do monte com um sorriso.
- Vem – disse ele, vamos procurá-las.
Juntos, vasculharem as redondezas até que, uma a uma, encontraram todas as pedras que brilhavam delicadamente na neve.
Precisamente quando acordaram, um poderoso bater de asas fez levantar a neve em redor.
Quando assentou, o GIL não queria acreditar no que os seus olhos viam. Acima dele estavam mais dois fantásticos dragões.
DRACO deu um berro e pulou de alegria ao ver os seus pais. Os dragões gigantes estavam igualmente felizes por ter encontrado o filhote em segurança. DRACO disse aos pais como o GIL o havia ajudado.
Rapaz, bramiu o pai de DRACO, obrigado pela tua simpatia. Como podemos recompensar-te?
O GIL engoliu em seco e sussurrou: - Poderia… poderia conhecer o sítio onde mora o DRACO?
- Sobe! Disse o dragão a sorrir.
Os grandes dragões ergueram-se sobre a neve e lançaram-se ao ar com o GIL e o DRACO nas suas costas. Os dois amigos divertiam-se enquanto subiam cada vez mais alto pelo frio céu.
De repente, a terra desapareceu debaixo de um aglomerado de nuvens. Enquanto a neblina cedia lugar à luz do sol do entardecer, surgiu toda uma nova paisagem, branca, com um amontoado de nuvens de neve que se estendiam até onde os olhos conseguiam enxergar.
Os dragões pousaram suavemente e DRACO e GIL desceram, saltando para as macias nuvens brancas. Que divertido! Eles espalharam as reluzentes pedras por entre as nuvens e construíram um magnífico castelo de nuvens, decorando as janelas e as torres com mais pedras.
Quando acabaram estavam cansados e recostaram-se numa fofinha nuvem branca para admirar o seu trabalho.
Está tão bonita – pensou o GIL. Ele sentia-se tão quente e confortável, e o dia tinha sido tão excitante, que rapidamente a sua cabeça começou a tombar e os olhos a fechar.
Olha! – chamou o DRACO. Consegues ver a lua a nascer?
Mas não obteve resposta. O GIL tinha adormecido.
Já é hora de levar o teu amigo de regresso a casa – sussurrou a mãe de DRACO. A ideia de ver partir o seu amigo deixou DRACO triste.
Espera – disse ele. Retirou do bolso uma última pedra reluzente e meteu-a no bolso do jovem adormecido.
GIL foi cuidadosamente colocado no dorso do pai de DRACO e depois deste se acomodar nas costas da mãe, partiram.
Mais tarde, nessa noite, o GIL acordou e viu que estava na sua cama quentinha.
Onde estaria DRACO e a sua família? Será que tinha sonhado?
A brilhante luz da lua trespassou as cortinas. Ele correu para as abrir. Ali, viu, magnificamente elevado no céu, o castelo de nuvens qual palácio de conto de fadas, com estrelas reluzentes, brilhantes a toda a sua volta.
As estrelas eram estrelas de verdade! Suspirou de admiração.
O GIL sentiu que tinha algo no bolso. Ali, brilhando suavemente, estava a sua própria pedra -estrela.
Com o precioso presente na mão, o GIL voltou para a cama e sonhou que iria ver novamente o seu amigo DRACO.
FIM
HISTÓRIA DO LUÍS
11 de Março de 2010

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